Após 3 a 0 do Figueira, comentarista vê Fla frágil sem Guerrero: "Fez falta"

Carlos Eduardo Lino elogia eficiência de equipe catarinense, mas afirma que faltou poder de decisão aos jogadores de ataque do time rubro-negro sem o camisa nove.

Na briga para retornar ao G-4 do Campeonato Brasileiro, o Flamengo enfrentou o Figueirense no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e saiu de campo com um amargo 3 a 0 na bagagem. Com o desfalque de sua principal contratação na temporada, o atacante Paolo Guerrero, que jogou pelo Peru na última terça-feira pelas eliminatórias da Copa, o time rubro-negro teve mais posse de bola que os donos da casa, mas não conseguiu finalizar. De acordo com Carlos Eduardo Lino, apesar do centroavante não viver um bom momento na Gávea, sua qualidade ainda se sobressai no elenco. 

- No segundo tempo, dizíamos que o Flamengo estava perto de empatar quando ainda estava 1 a 0, mas não foi eficiente. Futebol continua sendo bola na rede e vai ser sempre. Faltou qualidade para definir jogadas. Envolver o adversário é a primeira etapa do jogo. Futebol moderno é ocupação de espaços, posse de bola e precisão. O Flamengo teve os dois primeiros, mas não foi preciso. O Guerrero fez muita falta porque seu estilo tem a ver com precisão e qualidade. Não vivia uma boa fase no time, mas sua qualidade é conhecida e fez falta - disse. 

Fla não foi bem sem Guerrero e perdeu por 3 a 0 (Foto: Cristiano Andujar/ Agif / Estadão Conteúdo)

Já pelo lado vencedor, justamente o contrário. O comentarista analisou que o Figueirense preferiu adotar uma postura mais defensiva, dando a posse de bola para o Flamengo e adotando a eficiência do contra-ataque como principal arma para construir o elástico placar. 

- O Figueirense foi muito eficiente na partida, com mais ou menos 30% de posse de bola o tempo inteiro. O Flamengo ficava com a bola, o Figueira roubava e chegava na área adversária. O primeiro gol foi assim, com um escorregão do Canteros. O Figueirense joga com dois atacantes de velocidade e que atuam pelo lado, bagunçando a defesa do outro time. E o Flamengo, com tanta bola no pé, com tanta capacidade de jogo, não conseguir criar chance de gol é algo que faz a gente parar para pensar - concluiu.